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/ À vistaDesde 1973, Jacques-Alain Miller vem lançando os 26 volumes do consagrado Seminário, referente aos seminários ministrados por Lacan em Paris, de 1953 a 1980. Acompanhando de perto os lançamentos na França, a Zahar publica o volume 15, que compreende as lições proferidas entre 1967-1968.
Desde 1973, Jacques-Alain Miller vem lançando os 26 volumes do consagrado Seminário, referente aos seminários ministrados por Lacan em Paris, de 1953 a 1980. Acompanhando de perto os lançamentos na França, a Zahar publica o volume 15, que compreende as lições proferidas entre 1967-1968.
Este Seminário marca uma virada. Ele trata de uma só questão, à qual Lacan até então só havia respondido indiretamente: o que é um analista? Resposta: é um analisante (palavra pela qual Lacan substituiu a de analisado) que levou a termo a experiência analítica. Qual é esse termo ideal? Para sabê-lo, convém articular a lógica do percurso de uma análise. Em seu começo, há um desejo inédito, que supõe uma travessia, ou seja, um ato, como o de César ao atravessar o Rubicão. Esse ato é o do analisante, mas o ato psicanalítico propriamente dito quem realiza é o psicanalista, ao abrir para esse analisante o campo chamado de "sujeito suposto saber", em que se decifra o inconsciente. No final, o s.s.s. esvaece, uma vez que o analista, seu suporte, é evacuado como dejeto da operação, assim como Édipo, que terminou sua vida com os olhos perfurados. O analisado, agora tornado analista, assume o seu lugar. E por quê? Porque agora ele sabe o que o espera.
Algumas lições são dedicadas à lógica da quantificação, cuja exploração Lacan inicia, e que desembocará mais tarde na teoria da sexuação.
A conclusão, inesperada, traz Lacan a comentar Maio de 68 no calor dos acontecimentos, contemporâneos ao final do Seminário.