
O infinito, só mais uma vez
02/03/2016Uma troca de mensagens com Alberto Manguel.
Uma troca de mensagens com Alberto Manguel.
Como seria se a vida fosse comandada pela literatura e não pela política; se o conflito a ser administrado socialmente fosse um conflito entre formas de expressão e não entre expressões dos múltiplos e contraditórios interesses individuais?
Sem planejar, por pura sorte, encontrei uma profissão que depende muito de silêncio. Ou, talvez, foi o silêncio dos livros que me encontrou.
Ao ler um livro somos transportados ao tempo escolhido pelo autor. Nele encontramos emoções sutis e arrebatadas, em graus e nuances que não notaríamos ou absorveríamos senão no silêncio do texto.
Muitos não sabem ou imaginam que os editores, boa parte deles, ao receberem um livro da gráfica, cheiram o objeto e apalpam suas páginas, roçando o dedo nas primeiras páginas de maneira — guardados os devidos exageros — quase erotizada.
Anseio por saber se há estudos sobre o que faz com que algo brote da memória e da imaginação do artista e migre para as páginas dos livros, outrora manuscritas pelos escritores e hoje formatadas na página em branco da tela dos computadores.
Penso que, por mais estranho que pareça, para se criar uma editora, é preciso ser um arquiteto, um engenheiro, ou então querer ser pai de família.
A magia tem seus limites: há, sim, perdas irreparáveis.
Nos 30 anos da tragédia nuclear de Tchernóbil, leia um trecho do livro da ganhadora do Nobel de Literatura.
Eu sou Isabel Moustakas.
Lia uma entrevista com Svetlana Aleksiévitch sobre "Vozes de Tchernóbil".
Érico Assis comenta os indicados ao Eisner 2016.