Dia das bruxas? Só se for com a Mortina
A menina-zumbi Mortina vive no Palacete Decrépito e é a protagonista da série que leva seu nome. Mas para entender os livros, é preciso ter certos atributos... Veja quais são
Tanto é que a pedagoga, formadora de professores, contadora e especialista em leitura para bebês, Edi Fonseca, ressalta que ler para bebês é uma espécie de alimento psíquico para os pequenos, desses que vão durar a vida toda.
Segundo ela, o mais especial é compartilhar o momento de leitura, aquele momento especial em que mãe e bebê, pai e bebê, vovô e bebê estão juntos mergulhados na mesma história, observando o mesmo objeto, as mesmas ilustrações, se deixando tocar pelos mesmos fatos narrados, pelas mesmas cores, pela mesma musicalidade das palavras.
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"Porcolino e mamãe" / Margareth Wild (texto) e Stephen Michael King (ilustrações)[/caption]
Embora possa parecer uma coisa corriqueira, a leitura diária, cotidiana, funciona como um "banho" -para usar a expressão de Edi- de afeto e de vínculo. Afeto porque, para se ler, é preciso estar inteiro ali, 100% disponível para aquela ação; ninguém consegue ler atendendo ao celular ou dando uma olhadela na TV. Essa entrega integral é muito especial para as crianças, vital até, especialmente para seu psiquismo; dá a elas a sensação de ser amadas e acolhidas. Um ambiente seguro para crescer e ser.
Compartilhar esse momento cheio de emoção, contato físico e descobertas é uma ótima forma de criar vínculo com os pequenos. O que é mais forte para uma criança que construir sentido ao lado dos pais? Quando leem juntos, crianças e adultos dão sentido àquele livro, àquela história, àquela imagem. Um sentido profundo e compartilhado.
Como estão abertos a todos os tipos de linguagem -especialmente as menos "estruturadas" racionalmente- e como estão ávidos pela língua materna, os pequeninos são ótimos leitores de poesia, de parlendas, contos de acumulação e de repetição.
>>Na quarta, dia 12/12, vamos publicar uma lista especialíssima de livros bem ao gosto dos bebês: com rimas, com ritmo, com repetição e acumulação, com imagens...
E, para pensar sobre como ler para os pequenos, fica aqui essa dica: não se preocupe se eles estão entendendo ou não e não se limite a livros-brinquedo ou cartonados. Pelo contrário: diversifique o ofereça livros com qualidades literárias.
>>Por aqui, você pode ler mais sobre como formar um acervo inicial para o seu bebê.
>>E aqui, cinco dicas maravilhosas da Edi Fonseca sobre leitura e livros para os muito pequeninos.
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Com a obra Bento vento tempo, escrita por Stênio Gardel, o autor e ilustrador mineiro se confirma como um dos grandes nomes da literatura infantil brasileira
Sim, há muitas dicas que podem ajudar a fazer a mediação de livros para bebês. Mas o principal é estar realmente presente - e conectado com a criança e com o livro