
9 frases para pensar a literatura afro-brasileira em imagens e narrativas
Paty Wolff, Marcelo D'Salete e Josias Marinho conversaram sobre as perspectivas, os territórios, os sotaques que marcam a presença negra na literatura
Edi Fonseca
2) Ofereça poesia e brincadeira com as palavras: os bebês adoram poesia. São muito bons leitores desse tipo de texto. Isso porque a poesia tem ritmo, e os pequenos se sentem muito atraídos pelo ritmo. "Desde a barriga ouviam o ritmo do coração da mãe", explica Edi. As rimas também encantam os pequenos pela musicalidade -ritmo novamente. Histórias de acumulação -quando vão se somando situações e personagens a uma situação inicial, como em A Velha a Fiar ou no livro Carona na Vassoura, por exemplo- ou de repetição -um bom exemplo é Bruxa, Bruxa, venha à minha festa- também fazem sucesso entre os muitos pequenos."Abra pra cabra", de Fernando Vilela
4) Amplie o repertório fugindo das simplificações: muito rosa, muito azul, muitas cores. Desenhos de traços infantilizados. Estereótipos. Fuja deles. Os bebês estão ávidos pelo mundo e têm as ferramentas necessárias para interiorizar um mundo diverso, complexo, com todas as cores, com traços diferentes, com a personalidade artística de quem desenhou aquela imagem... Pense que todas essas diferentes informações, emoções, sensações vão criando um repertório para o bebê e fortalecendo suas habilidades emocional e estética, o que facilita sua relação com o mundo e sua capacidade criativa -de criar respostas novas e mais adequadas a situações potencialmente desafiadoras. As imagens são fundamentais para os bebês. Escolha as melhores! 5) Leia exatamente como está no livro: às vezes, diante de uma palavra menos usual ou de uma construção mais complexa, não resistimos à tentação de trocar por opções mais simples. Edi Fonseca recomenda ler exatamente como está no livro. É justamente a "música diferente" dessas palavras "difíceis" um dos encantos da leitura para os pequenos. A ponto, lembra ela, de os bebês as guardarem de cor e chamarem a atenção dos adultos quando não leem "direitinho".Paty Wolff, Marcelo D'Salete e Josias Marinho conversaram sobre as perspectivas, os territórios, os sotaques que marcam a presença negra na literatura
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