Dia das bruxas? Só se for com a Mortina
A menina-zumbi Mortina vive no Palacete Decrépito e é a protagonista da série que leva seu nome. Mas para entender os livros, é preciso ter certos atributos... Veja quais são
A aniversariante mostra suas cores e técnicas para o "Blog da Brinque"[/caption]
Nessa conversa muito especial, divertida e colorida - como são os traços inconfundíveis de Mariana -, falamos de aniversários, processos criativos, cores, livros (claro!) e publicamos em primeira mão a resenha do novo livro da ilustradora. Ah, resgatamos também nosso trecho favorito da participação dela no Brinque-Book Brinca.
O que é fazer aniversário para você?
Quando eu era criança, era uma delícia fazer aniversário. A gente fazia tudo, bolo, brigadeiro, sanduichinho, cachorro quente, a casa da gente virava uma mini fábrica de festa. Dois dias antes já tinha cheiro de brigadeiro no ar! Depois, a festa! Que ansiedade! E lá vinham os avós, primos e amigos do colégio. Eu gostava mais da bagunça do que de ganhar presente. Mas uma vez ganhei um pangaré de verdade! Meu pai me deu um bilhete escrito assim: vale 1 cavalo, e tinha um desenho (do meu pai)! Hoje em dia não acho muita graça em aniversário! Nesse ano vai cair num domingo e para comemorar vou comer um acarajé na baiana aqui do Aterro do Flamengo [no Rio de Janeiro, cidade natal da Mariana Massarani].
Também gosto de desenhar em bananas.
E ovos.
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"Cadê o juízo do menino?" / Tino Freitas (texto) e Mariana Massarani (ilustrações)[/caption]
O livro Cadê o juízo do menino?, recém-lançado, é o novo trabalho da Mariana com a Brinque-Book.
Os parafusos apertam bem apertadinho o juízo no lugar e impedem o cérebro de fazer pequenas –e grandes confusões. Mas, nesse dia, o menino acordou sem o seu e já foi fazendo trapalhadas. Penteou o cabelo com a escova de dentes, passou manteiga na maçã, foi para a escola de pijamas e assistiu a aula de cabeça para baixo, imagine só!
Onde será que ele deixou o parafuso? Ao longo do livro, rimado e repleto de repetições, que tornam a leitura ainda mais convidativa para os pequenos leitores e ouvintes, as belas imagens de Mariana Massarani viram uma brincadeira à parte, que começa depois que Tino Freitas escreve o (primeiro) “fim”. Quem será que vai achar o juízo do menino?
Em sala de aula ou em casa
O livro trabalha, de forma lúdica e divertida, com questões complexas, como o autocontrole, o que fazer em diversas situações corriqueiras do cotidiano das crianças, convenções sociais, flexibilidade x rigidez e o que arte tem a ver com isso. O que é ter juízo?
Além dessa questão, é interessante conversar com as crianças sobre outra ideia de que trata o livro: parafuso um pouquinho frouxo pode ser bom. Quando e como pode ser bacana “parafuso frouxo”? As crianças conhecem alguém que possa se enquadrar nessa “categoria”? Arte solta ou aperta os parafusos? Às vezes é legal relaxar um pouco as regras e fazer coisas diferentes, esquisitas, inusitadas? As crianças já perderam um parafuso? O que aconteceu?
Vale estimular relatos por desenhos, narrativas orais, pinturas, danças... Que tal soltar o parafuso um pouco na hora de tratar do tema?
Quem se animar, pode contar para a gente aqui nos comentários quando e como gosta de afrouxar os parafusos. E seus aniversários? Que cor tinham?
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Sim, há muitas dicas que podem ajudar a fazer a mediação de livros para bebês. Mas o principal é estar realmente presente - e conectado com a criança e com o livro