Dia das bruxas? Só se for com a Mortina
A menina-zumbi Mortina vive no Palacete Decrépito e é a protagonista da série que leva seu nome. Mas para entender os livros, é preciso ter certos atributos... Veja quais são
("Tudo tem princípio e fim" / Texto e ilustrações: Marina Colasanti[/caption]
Assim, a chuva que vai para o bueiro ou a maçã que cai de madura ou a flor que não deixa nem cheiro são pontos de partida para Marina refletir, com seus leitores, que "o percurso é que interessa". A obra, metaforicamente, também é um percurso com princípio e fim.
Neste livro, a premiada autora, sete vezes ganhadora do Jabuti, nos lembra em todas as páginas que o grande está contido no pequeno e que a beleza, a estética, a linguagem bem trabalhada podem propor reflexões tão ou mais sofisticadas que qualquer tratado filosófico.
Aproximando poeticamente a busca por um sentido do cotidiano, da vida, do corriqueiro -e fazendo isso com uma linguagem ao mesmo tempo estética e simples, sem infantilizar o jovem leitor-, Marina propõe uma poética das pequenas-grandes coisas, uma poética do dia a dia.
Flores, crocodilos no Nilo, o gato que persegue o rato e é perseguido pelo cachorro... Nada escapa ao seu olhar atento, à sua sensibilidade generosa, às suas palavras e à sua maneira poética de expressar-se sobre aquilo que, muitas vezes, nos escapa.
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("Tudo tem princípio e fim" / Texto e ilustrações: Marina Colasanti)[/caption]
Nisso, guarda muita semelhança com o modo como crianças e jovens se colocam diante do mundo. Os jovens (para quem o livro se destina em princípio, mas só em princípio, uma vez que boa literatura não tem endereço certo e emociona leitores de todas as idades), diz Marina, não só leem poesia, mas são grandes fazedores de poemas. A infância e a juventude são, em si mesmas, poéticas das pequenas-grandes coisas da vida.
(Leia aqui entrevista exclusiva de Marina Colasanti para o Blogue da Brinque-Book, em que ela trata desses e de outros temas).
Se o grande está contido no pequeno e vice-versa, como nos lembra Marina, deixar que a beleza das rimas e das singelezas da vida aprofundem a busca por um sentido é sempre uma boa pedida.
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Sim, há muitas dicas que podem ajudar a fazer a mediação de livros para bebês. Mas o principal é estar realmente presente - e conectado com a criança e com o livro