Aos quatro anos as crianças ainda não saber ler sozinhas. Mas isso não quer dizer que elas não tentem. Algumas já reconhecem algumas letras do alfabeto. Outras sabem identificar o próprio nome. E há aquelas que já conseguem formular narrativas conhecidas com ou sem o apoio de imagens.

Estimular o comportamento leitor é ainda mais importante nessa fase de pré-alfabetização, em que os pequenos começam obrigatoriamente a frequentar a escola. Para formar leitores realmente apaixonados por ler, é importante deixar os livros acessíveis, permitir que as crianças folheiem as obras por conta própria, reservar uma hora do dia especialmente para ler e escolher obras que acreditem no potencial e na inteligência das crianças. Veja os livros que fizeram mais sucesso entre leitores a partir dos 4 anos em 2024 - e inspire-se para montar sua própria biblioteca.

LEIA MAIS: Veja como formar leitores realmente apaixonados por ler

Uma carta para o pirata (Companhia das Letrinhas, 2022), de Mari Bigio com ilustrações de Rodrigo Chedid

O capitão do navio pirata decide mudar de vida - ao que parece, da noite para o dia. Em vez de saquear, seu navio agora só vai pescar. Das sereias não quer mais saber… e, mesmo morrendo de medo, resolve aprender a nadar! O motivo dessa mudança repentina narrada em cordel é o que habita o coração deste livro - e de todos nós.

A árvore generosa (Companhia das Letrinhas, 2017), de Shel Silverstein com tradução de Fernando Sabino

Havia uma árvore que amava um menino. E o menino a amava também. Mas conforme o tempo vai passando, o menino aparece cada vez menos… e a árvore fica cada vez mais sozinha. Ah, mas quando o menino aparece, a árvore se treme de tanta emoção e fica de novo feliz - ou quase. Um clássico emocionante para pensar sobre o afeto que se dá e que se recebe.

Neguinha, sim! (Companhia das Letrinhas, 2023), de Renato Gama com ilustrações de Bárbara Quintino

Da canção para as páginas impressas, a composição de Renato Gama que exalta os traços da negritude se transformou neste livro em uma espécie de hino ilustrado. O texto cheio de compasso combinado com as cores e formas fluídas de Bárbara Quintino cria uma homenagem aos contornos da ancestralidade marcados no corpo: os olhos de jabuticaba, os cabelos crespos, o nariz como as ondas do mar…

E foi assim que eu e a escuridão viramos amigas (Companhia das Letrinhas, 2020), de Emicida com ilustrações de Aldo Fabrini 

 De um lado, a menina teme a chegada da noite, pois com ela vem a escuridão. Mas do outro lado, é a claridade que provoca pavor. Dois mundos diferentes unidos por um sentimento tão igual. Como dá medo aquilo que não se conhece! Ainda bem a coragem aparece para botar cada coisa em seu lugar…

O homem que amava caixas (Brinque-Book, 1997), de Stephen Michael King com tradução de Gilda de Aquino

Nem sempre dizer que ama é tão simples quanto amar. O pai desta história amava seu filho profundamente. Mas dizer isso a ele não era assim tão fácil. Ainda bem que as caixas falavam por ele: era construindo com os papelões, dando novas formas aos caixotes que o pai demonstrava o seu amor. Uma história que fala da beleza de poder se expressar de muitas formas.

Estrelas e planetas (Brinque-Book, 2011), de Pierre Winters com ilustrações de  Margot Senden e tradução de Arthur Diego van der Geest

Por que existe o dia? E por que existe a noite? O que é  o sol? Quem pendurou a lua lá em cima? As respostas para essas e outras tantas perguntas sobre o cosmos e os planetas e estrelas que o habitam estão neste livro com abas carregado de curiosidades.