
Literatura Brasileira Viva: O melhor da ficção nacional, conto a conto
A terceira edição da campanha de valorização da literatura nacional promovida pela Companhia das Letras em conteúdos, promoções e eventos.
No final de 2016, jornais, sites e revistas fizeram um balanço do que teve de melhor na literatura durante o ano que estava acabando. Entre ficção, não-ficção, livros infantis, poesia e reedições de clássicos, o Grupo Companhia das Letras teve mais de quarenta títulos citados entre os melhores do ano! Se você perdeu algum grande lançamento ou quer referências para montar sua lista de leitura de 2017, confira nossos melhores lançamentos de 2016.
Um dos primeiros livros lançados em 2016 foi Outros cantos, de Maria Valéria Rezende, que no final de 2015 venceu o Prêmio Jabuti com Quarenta dias. Publicado pela Alfaguara, Outros cantos está na lista de melhores livros do jornal O Globo e do Suplemento Pernambuco.
Em Simpatia pelo demônio, lançado em agosto, o terrorismo contemporâneo e uma louca história de paixão são os temas do romance de Bernardo Carvalho, onde o autor cria uma aventura sobre a maldade, o poder e o desejo. Simpatia pelo demônio está nas listas de melhores lançamentos do ano dos jornais O Globo e Folha de S. Paulo e dos sites São Paulo Review e Suplemento Pernambuco.
Em 2016, o pesquisador Felipe Botelho Corrêa, professor da King’s College London, lançou pela Penguin-Companhia uma reunião de textos inéditos em livro de Lima Barreto. Em Sátiras e outras subversões, eleito um dos livros do ano pelo jornal O Globo, o leitor encontra 164 textos que foram escritos por Lima Barreto sob pseudônimos e originalmente publicados em periódicos. Uma boa leitura para conhecer mais do autor que será homenageado na Flip 2017.
Elvira Vigna já foi premiada pela Associação Paulista de Críticos de Arte por Como se estivéssemos em palimpsesto de putas, seu romance mais recente. A história, que traz um impactante jogo literário para tratar de relacionamentos, imaginação e narrativa, foi citada nas listas de O Estado de S. Paulo e considerada uma das melhores leituras de 2016 pelos colaboradores do Suplemento Pernambuco.
Também no Suplemento Pernambuco, a coletânea O conto zero e outras histórias, de Sérgio Sant'Anna, figura entre os melhores livros do ano. Os textos sobre amor, memória, existência e solidão reunidos neste livro estão entre os trabalhos mais pessoais do premiado autor, considerado um dos maiores contistas brasileiros em atividade.
Em um ano atribulado para a política brasileira, O marechal de costas, de José Luiz Passos, não poderia ficar de fora. Citado pelos jornais Extra e O Globo e pelos sites Suplemento Pernambuco e São Paulo Review, neste romance o passado e o presente se misturam numa narrativa que recria a vida de Floriano Peixoto, nosso primeiro vice-presidente, e os protestos de 2013 sob o olhar de uma cozinheira.
Em sua lista de não-ficção, O Globo elegeu o novo livro de Leyla Perrone-Moisés como um dos melhores do ano. Em Mutações da literatura no século XXI, ela faz uma reflexão erudita e de leitura acessível sobre a produção contemporânea nas letras do Brasil e do exterior. Este livro é uma jornada pelos livros mais instigantes do nosso tempo.
Homo Deus foi um dos lançamentos que mais geraram comentários aqui na Companhia das Letras em 2016, uma narrativa que combina ciência, história e filosofia para entender quem somos e descobrir para onde vamos. O livro de Yuval Noah Harari foi escolhido por Kazuo Ishiguro, autor de Não me abandone jamais e Os vestígios do dia, como um dos melhores do ano no The Guardian e também está na lista de melhores livros de não-ficção da Superinteressante.
Folha de S. Paulo, O Globo, O Estado de S. Paulo, Suplemento Pernambuco e Omelete colocaram o primeiro livro de Svetlana Aleksiévitch lançado no Brasil entre os grandes acontecimentos literários de 2016. Publicado aqui no dia em que o acidente nuclear de Tchernóbil completou 30 anos, Vozes de Tchernóbil reúne relatos de quem viveu essa tragédia.
Álvaro Enrigue foi um dos convidados da Flip 2016, e Morte súbita foi seu primeiro livro publicado no Brasil. A inusitada partida de tênis entre Caravaggio e Quevedo foi citado nas listas do site Literary Hub e The Guardian.
Também convidada da Flip de 2016, Valeria Luiselli está na lista do Suplemento Pernambuco com A história dos meus dentes, uma narrativa engraçada e comovente sobre como as histórias que inventamos moldam a nossa vida e nossa identidade.
Na lista das melhores leituras do ano da Folha de S. Paulo, Rol é o livro de poemas mais recente de Armando Freitas Filho, que abriu a Flip do ano passado em uma mesa sobre Ana Cristina Cesar, autora homenageada, e exibição do documentário de Walter Carvalho sobre o processo criativo do poeta.
A inteligência afiada, o lirismo cheio de ironia e a observação da vida cotidiana dos poemas de Wislawa Szymborska fisgaram os leitores em 2016. Um amor feliz, segundo volume de poemas da Nobel de Literatura publicado no Brasil, está entre as melhores leituras da Folha de S. Paulo e do Suplemento Pernambuco.
Em Machado, Silviano Santiago recria as últimas e dolorosas passagens da vida de Machado de Assis em romance audacioso e original. O livro foi lançado pela Companhia das Letras em dezembro, a tempo de entrar nas listas da Folha de S. Paulo e do Suplemento Pernambuco.
A vida invisível de Eurídice Gusmão está na lista do São Paulo Review de melhores leituras do ano. Feito raro para um romance de estreia, o livro de Martha Batalha foi festejado internacionalmente antes de chegar às livrarias brasileiras, com os direitos já vendidos para mais de dez editoras estrangeiras.
No ano em que completou 70 anos, a cantora Patti Smith lançou Linha M, um livro com suas memórias e reflexões sobre a vida, a literatura e a arte. Autora aclamada após o lançamento de seu primeiro livro, Só garotos, Linha M está entre os destaques do ano do São Paulo Review e de O Estado de S. Paulo.
Depois de Vozes de Tchernóbil, a Companhia das Letras lançou A guerra não tem rosto de mulher, uma série de relatos das mulheres soviéticas que lutaram na Segunda Guerra Mundial. Essa história ainda pouco conhecida da guerra está na lista do São Paulo Review.
Também na lista do São Paulo Review, Voltar para casa, de Toni Morrison, é um romance em que a autora expande seu olhar sobre o século XX com numa história de guerra e redenção.
Na lista de melhores livros sobre fotografia da Revista Zum está O instante certo, da jornalista Dorrit Harazim. Com olhar arguto e sensível, os textos de Dorrit reunidos neste livro falam de algumas das mais importantes fotografias da história.
Em biografia apurada, Carlos Maranhão conta em Roberto Civita - O dono da banca os erros, os acertos e as controvérsias do homem que mudou o jornalismo brasileiro à frente da Editora Abril. A biografia está entre os melhores lançamentos do ano segundo a Veja.
O feto narrador de Enclausurado garantiu o lugar de Ian McEwan nas listas de O Estado de S. Paulo, Veja e The Guardian. Em 2016, o autor esteve aqui no Brasil para lançar seu romance mais recente e participar das comemorações dos 30 anos da Companhia das Letras.
Garth Risk Hallberg estreou na literatura com grandeza: seu primeiro romance, Cidade em chamas, tem mais de mil páginas. Este aguardado lançamento está entre os melhores livros do ano segundo O Estado de S. Paulo, uma obra que recria a Nova York dos anos 1970 com a energia punk que alimentou a década.
Também em O Estado de S. Paulo, a obra completa de Raduan Nassar foi uma das publicações que comemoraram os 30 anos da editora, reunindo os livros Lavoura arcaica, Um copo de cólera, Menina a caminho e mais dois contos e um ensaio inédito do autor no Brasil.
O novo romance de Michel Laub está entre as melhores leituras do ano segundo os jornais Extra e O Estado de S. Paulo. Em O tribunal da quinta-feira, a descoberta de uma traição desencadeia o vazamento de mensagens privadas e o julgamento moral dos envolvidos na internet.
O selo Cátedra 10 da Unesco escolhe todo ano os melhores livros infanto-juvenis publicados no Brasil. Em 2016, um dos escolhidos foi O lagarto, conto de José Saramago ilustrado com xilogravuras de J. Borges que foi lançado pela Companhia das Letrinhas.
Nadinha de nada, de Laura Erber, também está na lista do selo Cátedra 10 da Unesco. Nesta história infantil, um rato muito curioso se vê frente a frente com uma mala. É uma mala comum, mas ela está fechada e, lá dentro, cabe tudo o que a imaginação do rato quiser...
Depois de traçar a história do câncer em O imperador de todos os males, Siddhartha Mukherjee conta a história do gene humano e as descobertas da medicina em O gene. O livro que mostra como a genética influencia nossas vidas, personalidades, identidades, destinos e escolhas está entre os principais lançamentos do ano segundo o The Washignton Post e também foi selecionado por Bill Gates em sua traducional lista de livros favoritos.
O romance de Milena Busquets, autora que participou do Pauliceia Literária em 2016, está na lista do São Paulo Review. Isso também vai passar acompanha uma narradora que vive o luto pela morte da mãe durante um verão em Cadaqués.
Alberto Manguel também esteve no Brasil para comemorar os 30 anos da Companhia das Letras e lançar seu novo livro: Uma história natural da curiosidade, que está na lista do São Paulo Review. Neste livro, Manguel guia os leitores através das obras e autores que marcaram sua formação como leitor e escritor.
Em O barco das crianças, o Nobel de Literatura Mario Vargas Llosa compõe uma bela ficção histórica com ecos de fábulas e mitos antigos. O livro infantil está na lista de melhores lançamentos do ano do selo Cátedra 10 da Unesco.
A coluna Gente Boa do jornal O Globo também fez sua lista de melhores livros do ano. O que é que ele tem, da cantora Olivia Byington, está entre eles. Lançado pela Objetiva, neste livro conta a história do filho João, uma narrativa sobre o amor mais difícil e raro: o amor pela diferença.
Também na coluna Gente Boa, Verissimas é uma antologia que reúne, em pílulas de sabedoria e humor, o suprassumo da obra de Luis Fernando Verissimo, o grande cronista brasileiro que completou 80 anos em 2016.
Romance de estreia de Tina Correia, Essa menina traduz a cultura popular nordestina numa narrativa comovente. O livro da editora Objetiva também está na seleção da coluna Gente Boa.
Falando de negócios, a revista Exame elegeu entre os seus favoritos Mais rápido e melhor, de Charles Duhigg, ganhador do Pulitzer e autor do best-seller O poder do hábito. Mais rápido e melhor traz oito conceitos-chave que explicam por que algumas pessoas e empresas são tão produtivas, dando dicas de como todos nós podemos melhorar.
Já no site Omelete, um dos melhores lançamentos de 2016 foi Mr. Mercedes, primeiro livro da mais recente série de Stephen King. Uma alucinante corrida contra o tempo, Mr. Mercedes acompanha três heróis improváveis que tentam impedir um assassino de acabar com milhares de vidas.
Nos 150 anos de H. G. Wells, a Suma de Letras lançou uma edição comemorativa de um de seus livros mais clássicos: A guerra dos mundos. Com tradução revisada, ilustrações e extras, esta edição especial também está na lista de melhores lançamentos segundo o Omelete.
Os leitores brasileiros aguardaram muito a chegada de Atlas de nuvens, e a espera não foi em vão: com tradução primorosa de Paulo Henriques Britto, o aclamado livro de David Mitchell está entre os maiores lançamentos do ano no Omelete.
A coletânea que traz ensaios de Paulo Emílio Sales Gomes sobre o cinema brasileiro está na lista de melhores leituras do ano do Suplemento Pernambuco. Uma situação colonial? faz parte da reedição da obra de Paulo Emílio Sales Gomes e também comemorou o centenário do autor.
O segundo volume dos diários de Susan Sontag revela o repertório intelectual e a genialidade da autora, e por isso está na lista do Suplemento Pernambuco. Dos anos turbulentos de sua viagem a Hanói, em pleno auge da Guerra do Vietnã, até a experiência como cineasta na Suécia e às eleições presidenciais americanas de 1980, este volume documenta a evolução de sua mente extraordinária.
Encerrando as indicações do Suplemento Pernambuco está O amor dos homens avulsos, de Victor Heringer. Neste romance breve, delicado e de leitura irresistível, o jovem escritor se coloca como um dos narradores mais raros e interessantes da nossa literatura.
O almanaque da língua portuguesa falada no Brasil elaborado por Sérgio Rodrigues foi feito para quem quer saber mais sobre o nosso idioma - e se livrar dos preconceitos linguísticos. Viva a língua brasileira! está entre os melhores livros de não-ficção segundo a Superinteressante.
A história da norte-coreana que fugiu de um dos países mais fechados do mundo emocionou os leitores brasileiros em 2016. O relato desta fuga feito em Para poder viver também está na lista da Superinteressante.
O livro que ensina aos pequenos leitores os elementos da poética, como o ritmo, a métrica, a aliteração etc., foi escolhido pelo blog "Era outra vez", da Folha, como um dos melhores lançamentos infantis do ano.
Fontes:
O Globo
O Estado de S. Paulo
Folha de S. Paulo
Extra
Veja
Estante de Letrinhas
Gente Boa
Omelete
Suplemento Pernambuco
São Paulo Review
The Guardian (indicação dos autores)
The Guardian
Exame
Mashable
Literary Hub
Revista Zum
Superinteressante
Era outra vez
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