
Amizade não tem espécie: veja livros que mostram encontros com amigos improváveis
Separamos livros que retratam amizades improváveis entre gente e bicho, gente e planta, e o que mais for possível inventar!
Há 15 anos, nascia o elefante que se tornaria um ícone da literatura infantil: o Gildo!
Um paquiderme corajoso (mas não tanto), tímido e com um montão de amigos que conquistou as crianças pela honestidade e inocência com que vivencia situações comuns - mas que são capazes de despertar grandes emoções. Gildo - ou melhor, Silvana Rando, a autora - recebeu até o primeiro lugar do Prêmio Jabuti em 2010, na categoria ilustração, com o lançamento do primeiro livro, Gildo (Brinque-Book, 2010).
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Na história, o elefante se vê confrontado - ou melhor, amarrado - ao seu maior medo: uma bexiga! Mas aos pouquinhos, consegue ir se aproximando dela de uma nova forma, brinca daqui, brinca de lá… até que não sente mais tanto medo - só um pouquinho. A fiel escudeira de Gildo é a barata Socorro, que surgiu no primeiro livro justamente para brincar com um dos grandes medos dos adultos: o de esbarrar em uma cascuda, especialmente se for voadora!
Depois dessa primeira aventura, surgiram várias outras - é preciso ter uma memória de elefante para não se esquecer de nenhuma! Gildo escreveu cartas para a amiga que mudou de escola em A carta do Gildo (Brinque-Book, 2018), virou irmão mais velho com o nascimento de Laurinha em A irmã do Gildo (Brinque-Book, 2019), se arriscou como autor em O incrível livro do Gildo (Brinque-Book, 2020), sobreviveu a um dia daqueles em Gildo está fora do ritmo (Brinque-Book, 2002) e ainda aproveitou um dia de sol com os amigos em O piquenique do Gildo (Brinque-Book, 2024). E não parou nos livros, não. Gildo virou jogo, virou série de TV…
A Brinque-Book queria homenagear esse astro da casa em uma data tão importante - afinal, 15 anos é um marco também para um elefante! Por isso, convidamos o Gildo a nos dar uma entrevista ex-clu-si-va. E ele topou! Acontece que a barata Socorro descobriu os nossos planos, e quis ela mesma assumir o posto de entrevistadora… Mas tudo bem. Nada mais justo, afinal, ela está ao lado de Gildo desde o princípio!
A seguir, você confere como rolou essa entrevista tão especial entre amigos - que com certeza continuarão juntos pelos próximos 15 anos.
Gildo e Maríl... quer dizer, a barata Socorro
Gildo: Festa vai ter sim! Mas baile de gala, Socorro? Já pensou eu de fraque, dançando valsa e pisando no pé de todo mundo? Melhor não...Eu prefiro uma festa com bexigas, brigadeiro e um monte de amigos.
Gildo: Um dia perfeito tem que ter: amigos, bolo de chocolate, presentes, sol para brincar no quintal, e ninguém lembrando de me fazer cantar parabéns alto porque eu fico tímido.
Gildo: Pedi uma cama elástica gigante. Mas não sei se vai caber no quintal...
Gildo: Eu acho incrível! Mas às vezes fico sem saber onde esconder a tromba de tanta vergonha. Meus amigos até sabem, mas eles não ligam muito. Eles querem mesmo é brincar comigo.
Gildo: Foi muito bom superar o medo de bexiga, Socorro. Eu tenho um pouco de medo de escuro, barata (brincadeira kkk), e de esquecer a lição de casa.
Gildo: Comer pipoca com meus amigos. E quando a Laurinha dá risada das minhas caretas.
Gildo: Eu levaria suco de morango, melancia e um guarda-sol gigante, porque eu sou grande e não quero ficar todo queimado de sol.
Gildo: Continuo no tambor, eu gosto muito. Mas eu queria aprender gaita. Já pensou, um elefante tocando gaita? Ia ser engraçado!
Gildo: Pra ser meu amigo, só precisa gostar de brincar, dividir o lanche e não rir quando eu caio de bumbum no chão.
Gildo: Oi, Bibo! Eu também achei estranho. Acho que foi magia da televisão. Ou então eles apertaram um botão “diminuir elefante” no controle remoto.
Gildo: Mudou que eu fiquei mais cuidadoso. Agora eu sou o irmão mais velho responsável. Só que às vezes eu esqueço e como o último biscoito sem dividir com ela.
Gildo: Quero ser um elefante corajoso. Mas principalmente, um amigo que nunca solta a mão do outro, nem quando tem trovão.
Gildo: Tenho! Quero ir para a lua. Imagina só: um elefante astronauta, pulando devagarinho por lá.
Gildo: Eu gosto que você me escuta, Socorro. E que você é corajosa por nós dois. E também porque você sempre leva comida extra na bolsa!
(texto Naíma Saleh - com colaboração de Socorro e Silvana Rando)
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