Livros com amigos imaginários para lembrar o poder do afeto e da amizade

22/08/2025

A criança está brincando em um canto, sozinha. Mas de repente dá risada. Joga a bola para… quem?   E logo começa a conversar com alguém… mas com quem ela está falando?

Ilustração de 'Tulipa'

Quem tem filhos já se deparou com cenas assim. Os amigos imaginários costumam fazer parte da infância. Mas perto dos 6 anos, quando realidade e fantasia começam a se dissociar, esses companheiros costumam ser deixados para trás.

Na literatura, os amigos imaginários podem assumir várias formas: de gente, de bicho, de coisas… Selecionamos alguns livros que mostram como as crianças são capazes não apenas nutrir afeto, mas de criar laços especiais com o que sua imaginação for capaz de inventar.

 

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Tulipa (Pequena Zahar, 2025), de Paula Schiavon

Capa de 'Tulipa'

O segundo livro escrito e ilustrado por Paula Schiavon habita o campo da subjetividade e do afeto, da amizade e da arte. Tulipa e Júlia passam as tardes juntas no verão, brincando de rainhas. No quartinho azul mora o tio de Júlia, o rei da brincadeira. Um rei que como Júlia coleciona miudezas - recolhe folhas, pedras, botões…Um rei que tem uma linguagem própria, a linguagem das crianças e dos artistas, aquela que todo mundo nasce sabendo, mas desaprende. 


Tem um tigre no trem (Brinque-Book, 2025), de Mariesa Dulak e  Rebecca Cobb, com tradução Nina Rizzi

Ilustração de 'Tem um tigre no trem'

No trem, o pai está distraído no celular. E nem vê que um tigre de cartola, todo arrumado, dá bom dia ao menino e se senta bem ao lado dele. “Papai, papai, você viu?” O menino pergunta. Mas o pai nem nota. Logo entra no vagão um bando de jacarés. Depois três hipopótamos trazendo chá e docinhos… e muitos bichos mais logo se juntam no vagão. E assim, a viagem rumo ao mar se torna cheia de agito para um menino cheio de imaginação.

 

A velhinha que dava nome às coisas (Brinque-Book, 2002), de Cynthia Rylant com ilustração de Kathryn Brown e tradução Gilda de Aquino 

Ilustração de 'A velhinha que dava nome às coisas'

Havia uma velhinha que morava em uma casa, muito, muito sozinha. Tão sozinha que ela começou a nomear as coisas - porém apenas aquelas que ela pensava que durariam mais que ela. Foi assim que a casa ganhou o nome de Glória. E que o carro virou Beto. Desse jeito, ela se sentia menos sozinha com a companhia de seus amigos inanimados. Mas tudo mudou quando ela recebeu a visita de um cãozinho… que decidiu não ir embora.

 

Gorila (Pequena Zahar, 2015), de Anthony Browne e tradução de Ana Tavares

Capa de Gorila

Hanah era uma menina que amava gorilas. Mas ela nunca tinha visto um de verdade. Seu pai nunca tinha tempo para ela - muito menos para levá-la ao zoológico. Na véspera de sua aniversário, Hanah  sentia coceirinhas de emoção na véspera de seu aniversário: ela queria um gorila! E ganhou um… mas de brinquedo. Até que à noite, algo mágico acontece: e o gorila ganha vida, convidando a menina a viver a noite mais mágica de sua vida.


A menina jurássica (Companhia das Letrinhas, 2023), de Vanna Vinci com tradução de Nathália Dimambro

Capa de 'A menina jurássica'

Nina era uma menina completamente apaixonada por dinossauros. Ela só via filmes de dinossauros, desenhava dinossauros e carregava para cima e para baixo o Dino, seu velocirraptor de pelúcia. Nina gostava tanto, mais tanto dessas criaturas pré-históricas, que um dia o que ela mais desejava aconteceu: e seu quarto foi invadido por dinos.

 

Onde vivem os monstros (Companhia das Letrinhas, 2023), de Maurice Sendak com tradução de Heloisa Jahn

Capa de 'Onde vivem os monstros'

Depois de ser mandado para a cama sem jantar e ver uma floresta invadir a noite de seu próprio quarto, o menino Max foi parar na terra onde vivem os monstros. E se tornou rei de todos eles! Max reinou livre pela terra dos monstros com seus novos amigos… mas de repente sentiu falta de algo. Um clássico que versa sobre o desejo de liberdade das crianças, em sua forma mais selvagem.


Cristina brinca (Brinque-Book, 2024), de Micaela Chirif e Paula Ortiz com tradução de Julia Bussius

Capa de 'Cristina brinca'

A amiga imaginária dessa história é mais real do que outras: é de pelúcia. A menina acorda a coelha. Serve chá para ela em sua casinha. Bota a coelha para brincar com as flores no jardim. E quando o dia acaba, coloca a sua amiga para dormir. Um retrato do afeto verdadeiro que as crianças são capazes de nutrir, dando vida e construindo histórias em seu próprio universo. 

 

Lulu e o urso (Pequena Zahar, 2018), de Carolina Moreyra e Odilon Moraes

https://www.companhiadasletras.com.br/livro/9788566642605/lulu-e-o-urso?utm_source=blog-da-letrinhas&utm_medium=blog-letrinhas&utm_campaign=lulu-e-o-urso&utm_id=Livros-com-amigos-imaginarios-para-lembrar+do-poder-da-fantasia-e-da-amizade

Enquanto a mãe trabalha, a menina está distraída explorando velhos objetos que estão em uma caixa. E o primeiro a sair dela é um grande urso de pelúcia, que a pequena logo transforma em amigo com criatividade e diversão.

 

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