A Bienal do Livro foi um momento de grande celebração para o Rio de Janeiro, que este ano carrega o título de Capital Mundial do Livro, e também para o Grupo Companhia das Letras que recebeu na Feira do Livro Infantil de Bolonha, Itália, o prêmio de melhor editora de livros infantis da América Latina. 

A lista dos livros mais vendidos dos nossos selos infantis traduz um pouco do espírito do evento: o sucesso de lançamentos esperados como a nova aventura de Pilar, da série O Diário de Pilar, os clássicos que jamais perdem lugar como favoritos - como O Grúfalo e O carteiro chegou - e muitas novidades que apresentam novas perspectivas de mundo, falando de cultura indígena, negritude, diversidade. Entre os mais vendidos, os livros da Coleção Canoa, que apresentam literatura de qualidade a preços acessíveis, ocupam as primeiras posições, confirmando o que a gente já sabe: boas histórias podem - e devem - estar ao alcance de todos.

Confira nossos 20 livros infantis mais vendidos na Bienal do Rio

1º Diário de Pilar no México (Pequena Zahar, 2025), de Flávia Lins E Silva e Joana Penna

Um dos lançamentos mais esperados da Bienal do Livro é justamente este que ocupou o primeiro lugar de vendas. Desta vez, Pilar desembarca no México depois de receber uma revelação em uma carta: a menina descobre que tem uma avó morando na “Terra do Sol”. Além da empolgação de conhecer uma parte da família, a menina aventureira ainda se envolve em um grande mistério, quando uma escultura é roubada do Museu de Antropologia. E quem levou o livro para casa ainda ganhou um passaporte de brinde para inspirar mais viagens…

2º Neguinha, sim! (Companhia das Letrinhas, 2025), de Renato Gama com ilustrações de Bárbara Quintino

A canção que ficou famosa na voz de Izzy Gordon, e que foi transformada em livro com as ilustrações vibrantes de Bárbara Quintino, se confirma entre as queridinhas dos leitores. Com um texto ritmado, o livro faz uma ode as traços da negritude, inspirando uma nova geração a se olhar com mais orgulho e gentileza. A obra é parte da Coleção Canoa. 

3º Sou indígena! (Companhia das Letrinhas, 2024), de Cláudia A. Flor D'Maria com ilustrações de Raquel Teixeira

Nesta narrativa poética da Coleção Canoa sobre tudo o que representa ser indígena é muito difícil ficar indiferente. A identidade, os saberes, a relação com a natureza são contados com emoção em um texto envolvente e traços fluidos, que constroem um poema-manifesto.

4º Tuiupé e o Maracá Mágico (Companhia das Letrinhas, 2024), de  Auritha Tabajara e Paola Tôrres com ilustrações de Tai

Em um tempo muito distante, a menina Tuiupé tem muitos sonhos. Ela é filha do pajé Saracura, o dono do maracá, e desfruta de uma infância livre bem no meio da floresta. Encorajada pela avó, a menina se anima a tornar-se pajé, para curar as pessoas de sua aldeia como a anciã já fazia. Mas quando cai uma inesperada chuva, algo de mágico acontece, moldando definitivamente o destino de Tuiupé.

5º O Homem-Cão (Companhia das Letrinhas, 2017), de Dav Pilkey

O livro que inaugura a série de estrondoso sucesso assinada por Dav Pilkey - e que virou filme este ano - não poderia ficar de fora da lista. Ele mostra as origens do herói, metade homem, metade cão, que não tem medo de enfrentar perigos - nem o terrível gato Pepê, sempre cheio de maldades. 

6º O lenço de cetim da mamãe (Companhia das Letrinhas, 2023), de Chimamanda Ngozi Adichie com ilustrações de Joelle Avelino e tradução de  Nina Rizzi

O primeiro livro infantil da celebrada autora nigeriana fala com delicadeza da tradição, do cuidado, do afeto transmitido de geração para geração. A narrativa se tece a partir de um lenço, usado pela mãe para segurar seus cabelos, que é entregue à filha quando ela precisa se ausentar para ir trabalhar. A menina brinca com o lenço de muitas formas, transformando um objeto que já é tão significativo para as mulheres negras também em um símbolo de conexão e amor.

7º O Grúfalo (Brinque-Book, 1999), de Julia Donaldson com ilustrações de Axel Scheffler e tradução Gilda de Aquino

 A criatura de presas incríveis, garras terríveis e dentes horríveis dá nome a um dos livros mais celebrados da literatura infantil no mundo todo - e no Brasil também! Tudo começa quando um ratinho esperto consegue enganar seus predadores direitinho, inventando uma criatura monstruosa… e tudo parece resolvido até que ele descobre que a tal criatura terrível existe mesmo!

8º Uma lagarta muito comilona (Companhia das Letrinhas, 2025), de  Eric Carle com tradução de Renato Moriconi

 

Relançado em uma nova edição este ano, com tradução de Renato Moriconi, este clássico é mais do que um livro de contar. A lagarta nasceu pequena e esfomeada e logo foi procurar o que comer… mas nada parecia satisfazê-la! Foi quando ela se jogou em um verdadeiro banquete, e - adivinhe só! - teve uma baita dor de barriga. Mas tudo acaba bem: depois de muito comer, a lagarta não está mais tão pequena - constrói seu casulo e lá fica, para viver a maior transformação de sua vida. 

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9º  O Homem-Cão - a fera escarlate (Companhia das Letrinhas, 2025), de Dav Pilkey com tradução de André Czarnobai
 

No 12º volume da série, o Homem-Cão está de volta em uma aventura, digamos, fedorenta. Tudo culpa de um gambá, que está empesteando a cidade e dá uma esguichada de mau cheiro no nosso herói. E aí, para tirar a catinga, ele tenta tomar um banho de suco de tomate, mas no lugar de amenizar o odor, o tomate acaba tingindo os pelos do nosso policial de vermelho. E por conta disso, ele é preso pela nova chefe de polícia. 

 

10º Diário de Pilar na Amazônia (Pequena Zahar, 2023), de de Flávia Lins E Silva e Joana Penna 

Pilar, Breno e o gato Samba estão preocupados com o destino da Amazônia - e é para lá que eles vão em sua rede mágica. Chegando lá, eles fazem amizade com Maiara e Bira e desafiam um grupo perigoso, que quer colocar a floresta abaixo. E não para por aí: além de desfrutarem as belezas da natureza, navegarem pelos rios Negro e Solimões, eles ainda encontram com a Iara e o Curupira…

 

11º Quem soltou o Pum? (Companhia das Letrinhas, 2010), de Blandina Franco e José Carlos Lollo

Às vezes o Pum faz barulho, incomoda os adultos… e ainda escapa! Mas quem resiste ao personagem mais icônico já criado por Blandina e Lollo? Entre trocadilhos e risadas, o primeiro livro da série é uma obra que diverte adultos e crianças apresentando as aventuras do cachorro Pum e os esforços do menino para que o bicho seja solto onde for perturbar menos…

12º O filho do Grúfalo (Brinque-Book, 2006), de Julia Donaldson, com ilustrações de Axel Scheffler e tradução de Gilda de Aquino

Quem diria que além de ser real, o Grúfalo ainda é… pai! E nesta aventura, o filho dele é o protagonista. Cansado de ouvir o pai contar sobre um tal de rato mal, o pequeno grúfalo decide descobrir a verdade por si mesmo. E acaba se surpreendendo…

 

13º Amoras (Companhia das Letrinhas, 2018), de Emicida com ilustrações de Aldo Fabrini 

Foram as amoras, bem pretinhas, penduradas no pomar, que fizeram a menina chegar a uma conclusão incrível, que neste livro ecoa como uma mensagem poderosa para as novas gerações. Primeiro livro infantil de Emicida, inspirado em uma música, é o tipo de obra que apresenta às crianças boas referências de formas sutis e alarga horizontes.

14º E foi assim que eu e a escuridão ficamos amigas (Companhia das Letrinhas, 2020), de Emicida com ilustrações de Aldo Fabrini 

O que é que se esconde do outro lado do medo? Enquanto a menina temia a chega da noite e a escuridão, nas trevas, a outra é que temia o dia. Uma dicotomia cheia de poesia que mostra que opostos também podem se encontrar… e que às vezes é preciso recorrer à coragem.

15º O Homem-Cão desgovernado (Companhia das Letrinhas, ), de  Dav Pilkey com tradução de  André Czarnobai

Na segunda grande aventura de nosso policial que bebe água da privada, ele ainda está aprimorando suas habilidades para combater o crime. Enquanto isso, a vilania rola solta depois que seu grande inimigo, o gato Pepê, escapa da prisão dos gatos. 

16º O piquenique do Gildo (Brinque-Book, 2025), de Silvana Rando

O elefante mais amado pelas crianças ganhou um novo - e saboroso! - livro. Em um dia de sol, Gildo tem uma ideia genial: organizar um piquenique com seus amigos. Ele avisa todo mundo e, página a página, vamos descobrindo o que cada bicho vai levar - e, de quebra, as receitas são compartilhadas com os leitores. Tudo parece perfeito, todo mundo está curtindo a piscina, mas em um momento de distração, o banquete quaaaaaase acaba!

17º As aventuras do Capitão Cueca - em cores! (Companhia das Letrinhas, 2017) de Dav Pilkey com tradução Clara Lacerda

O personagem mais emblemático de Dav Pilkey, inspirado em um antigo professor, começa sua saga com este livro. Na história, os amigos Jorge e Haroldo, além de serem vizinhos, estudam na mesma escola e têm uma paixão em comum: os quadrinhos. Juntos, eles criam o Capitão Cueca, o maior herói que já existiu.

 

18º O carteiro chegou (Companhia das Letrinhas, 2007), de Allan Ahlberg com ilustrações de Janet Ahlberg e tradução de Eduardo Brandão

O carteiro da comarca vem chegando com seu uniforme azul com correspondências de todo tipo a serem entregues. Os três ursos recebem uma carta de Cachinhos Dourados; um catálogo de uma loja de artigos de magia chega para a bruxa enquanto o lobo mal recebe uma notificação do escritório de advocacia - que atende os Três Porquinhos e a Chapeuzinho Vermelho. Um passeio pelos contos de fadas que explora diferentes tipos de texto e linguagem, em um livro onde os próprios leitores podem abrir cada uma das cartas.

19º Enciclopédia Negra para jovens leitores (Companhia das Letrinhas, 2025), de Flávio dos Santos Gomes e Lilia Moritz Schwarcz com ilustrações de  Suzane Lopes

São 82 biografias de pessoas negras que realizaram imensas contribuições, mas não conquistaram seu devido lugar na História. Para dar voz a essas existências tão fundamentais e tão silenciadas, esses personagens são aqui apresentados: escritores, intelectuais, artistas, ativistas, educadores, cientistas, profissionais liberais - todos que ajudaram a desenhar nossa identidade nacional. 

20º Macaco danado (Brinque-Book, 1999), de Julia Donaldson com ilustrações de Axel Scheffler e tradução de Gilda de Aquino

Um macaquinho está à procura de sua mãe. E uma borboleta tenta, de boa vontade, ajudá-lo. Mas cada vez que o macaquinho descreve sua mãe, parece causar mais confusão… A chave para encontrá-la está na similaridade entre eles. Mas na natureza, nem sempre mãe e filho se parecem.